A Globalização & as desigualdades / Aldeia Global

As distâncias territoriais cada vez ficam menores, porém a distância entre os pobres e os ricos, cada vez ficam maiores

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A globalização é a integração dos territórios, inicia desde o colonialismo, a globalização é o mundo global conectado em uma dinâmica econômica, política e social.

A globalização não respeita as etnias, as culturas, ela não pede licença para entrar, ela devasta a cultura dos povos e seus costumes, tudo a favor das grandes potências mundiais.

A mídia exerce grande influência e certa manipulação, e contribui muito com o processo da globalização. Existem três visões da globalização, a primeira visão da globalização, o mundo como o sistema deseja, como todos nós devemos ver a globalização, como um conto de fada, a segunda visão é o mundo como na realidade ele é, mostrando que o sistema é desigual e perverso, a terceira visão é o mundo globalizado como ele poderia ser e não é.

As grandes empresas usufruem bastante deste sistema capitalista, principalmente as transnacionais, que, por alguns incentivos, se instalam em países, sobretudo do sul, e exploram a mão de obra barata, e as riquezas levam para suas centrais do norte.

A globalização está a serviço do capitalismo, podemos dizer que é o auge do capitalismo, onde prega a privatização e o neoliberalismo. Com o mundo globalizado, o neoliberalismo econômico, as taxas cobradas pelos produtos importados, diminui bastante, o protecionismo chega a quase inexistir devido ao poder estatal não ter voz ativa, e com isso as empresas regionais perdem suas forças, não tendo forças para competir com as transnacionais, podendo chegar até a falência.

O processo de globalização acentuou ainda mais o sistema de divisão do trabalho, sendo desigual e perverso. Exemplo, uma aeronave, para sua montagem, conta com peças fabricadas em diversos países, e a peça mais barata, e com menos tecnologia, são produzidas pelos países mais pobres. Podemos observar que, dentro deste sistema, os mais ricos são geralmente mais favorecidos.

Na globalização, o processo tecnológico foi difundido, a interconexão e a dinâmica econômica cresceram bastante, as relações comerciais entre os blocos econômicos se fizeram graças a este sistema globalizado, o processo de produção de riquezas acelerou a grande produção de alimento no mundo com o advento da revolução verde, mas tudo isso só fez aumentar ainda mais a diferença entre as classes dominantes e a classe dominada. Ficou claro que não é a escala de produção que poderia resolver o problema da pobreza, mas sim a distribuição dessas riquezas, que, de modo geral, se concentra nas mãos das aristocracias.

A pobreza é tratada como algo natural, e muitas vezes necessária para o crescimento da globalização, o desemprego sendo um degrau para chegar à globalização. Dentro dessa classe dominada existe "Metade da humanidade não come; e a outra metade não dorme com medo da que não come", Josué de Castro, citação do livro Geografia da fome.

A mobilidade de locomoção, a rápida difusão das informações, são objetos desta globalização. De certa forma, isso é agradável e interessante, porém nem todo mundo ainda tem acesso às informações, acesso às tecnologias da informática. Embora estejam adentrando até mesmo territórios indígenas e tirando suas características, a mobilidade não é para todos. Milhares de pessoas morrem tentando entrar em países como os Estados Unidos de modo ilegal, segundo as leis.

Portanto, a globalização está a serviço das classes dominantes, sendo uma cicatriz para muitas pessoas que estão até hoje sendo massacradas por este sistema. As distâncias territoriais cada vez ficam menores, porém a distância entre os pobres e os ricos cada vez fica maior.


Texto: Moisés A. Muniz
06/05/2014


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