O que é Comunismo ?

 




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Moisés Alves Muniz: Venho discorrer em breves palavras por meio de uma resenha crítica sobre o livro da coleção “o que é?”. “comunismo de Christian F.R e Guimarães Vinci”.

            O referido livro é de poucas páginas, mas isso não tira o seu propósito que é ser objetivo. Sei que isso impossibilita o aprofundamento no assunto, mas não tira o mérito da obra. Baseado em ideias de Karl Marx e seu amigo Friedrich Engels, grandes referenciais quando o assunto é comunismo ou socialismo.     O livro apresenta bem as distinções desses dois termos, o primeiro se refere ao socialismo científico, e segundo pode ser divido em dois, socialismos utópicos e o científico, este último é sinônimo de comunismo. As ideias comunistas vêm como oposição ao sistema capitalista, em que predomina a propriedade privada, e o liberalismo econômico. 

            Já no referido livro esclarece bem as características do sistema de comuna, que são: sem propriedade privada, forte centralização do estado, esse último sobretudo ocorre durante o período de transição do socialismo para o comunismo. Durante a tomada de Paris, pelos proletariados foram expulsos os burgueses, governantes, etc. No entanto, em poucos meses houve um massacre de cerca de cinco mil revolucionários (proletariados) pelo exército Francês e Prússio. Diante de tal situação, Karl Marx propõe, acrescenta em sua teoria, um governo de transição, que seria uma ditadura dos proletariados, antes desse momento o anarquismo e o comunismo falavam quase a mesma língua, foi a partir daí que os rumos mudaram. É um grande problema, imaginar que alguém que ascende ao poder irá abdicar desse poder pelo bem coletivo, pensar desse modo é não levar em conta traços cruciais do Homo sapiens, características como ganância, corrupção, violência, tem feito parte da história do homem, logicamente a história é seletiva, no entanto, são esses grupos seletivos que tem governado, e mesmo que tenham bons interesses iniciais acaba se corrompendo. 

            O problema duplica ainda mais quando é dado poderes quase que absolutos, poderes ditatoriais, e a centralização de todas as riquezas se concentra nas mãos do estado, agora governado pela nova “Vanguarda”. Sei que há bons interesses sociais em suas teorias, mas como construção humana, essa não é diferente, é marcada de lacunas e perguntas sem respostas até o momento, sei também que é uma hipótese, está aí para ser testada e até já foi, porém, não deu certo, embora, no referido livro deixa claro ao dizer que não temos uma nação e nunca tivemos puramente comunista, esses que testaram e se perderam pelo caminho tomaram outras direções, bem próximas ao fascismo. Logo, sendo uma hipótese está aí para ser aperfeiçoada, ser melhorada, quem sabe um dia longínquo ou não, teremos sua nova versão, ou talvez outra, que de fato seja bom para todos. 

             O problema maior é que o capitalismo se regenera, daí uma necessidade de adaptações nas teorias comunistas. A comuna de Paris, foi um curto exemplo que é possível um certo nível de justiça social, mas quando colocado essas experiências em escala global a complexidade aumenta, será necessária uma intersubjetividade ainda maior. Portanto, para o entendimento melhor da obra, vale a pena sua leitura como introdutória ao conhecimento comunista.     


Moisés Alves Muniz

12 de novembro de 2021


Comentários

Anônimo disse…
muito bom