Em busca de nós mesmos / Clovis Barros e Pedro Calabrez

 



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Moisés Alves Muniz: Caro leitor, venho discorrer em breves palavras por meio de uma resenha crítica sobre o livro Em busca de nós mesmos / Clovis de Barros Filho, Pedro Calabrez – Porto Alegre: CDG 2017.

            Um típico livro de filosofia que passeia por diversos temas, como, cosmos, felicidade, desejos e prazeres, explica um pouco dos pensamentos de Platão, Sócrates, adentra em algumas crenças mitológicas gregas, A Odisseia, navio de Teseu, também fala sobre a morte, e a ilusão da imortalidade, etc.

            É bastante interessante sua linguagem, sendo muito simples, mas não prejudica de modo algum a riqueza e profundidade dos conteúdos, utiliza um pouco da linguagem corriqueira (coloquial) para despertar o leitor, e tornar mais marcante a mensagem.

            Foi escrito por dois autores Clovis Barros e Pedro Calabrez, o primeiro traz uma mensagem mais filosófica, histórica, o segundo traz uma mensagem mais biológica, tecnológica, medicinal.
            
            É muito interessante os exemplos narrados, por exemplo, o desafio da Pepsi, o da degustação do vinho sendo os mesmos em embalagens diferente, porem o mesmo vinho e levou as pessoas
 acreditarem que seria vinhos distintos, veja o quanto somos tentados através da percepção dos corpos ao engano, mas com um esforço racional acessando o mundo dos pensamentos a realidade aparecerá.
            
            O livro já começa tratando um assunto muito interessante do dia a dia, os diferentes mundos, o que leva uma pessoa a gostar de Funk enquanto outro gosta de música erudita, existe um mundo que se encaixe para todos? É muito relevante essas temáticas, e sua explicação explicou muito bem, pois nossos mundos é percepção dos nossos corpos, ou seja, é uma produção, construção dos corpos, sendo os corpos diferentes, daí vários mundos.
            
            O Pensamento estoico é trazido sobretudo em toda obra, desde o começo do livro, indo até o seu final. É muito relevante, pois a visão dos estoicos sobre o mundo difere muito das nossas, ao ver o mundo como “o todo” e que somos parte do desse todo mesmos meros mortais far-lhe-ei parte da eternidade porque o todo é eterno, isso não faz muito sentido para nós, imagine você como parte em uma maçaneta de porta, um cigarro na boca de um fumante, isso claro após morto, muito louco.
          
              Portanto, uma excelente obra, que merece sua leitura, realmente soma em conhecimentos muito diversificado, pretendo fazer em breve uma segunda releitura, daqui a alguns meses, pois o que é bom vale a pena ver de novo.


Moisés Alves Muniz - 08 de dezembro - 2021

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